quarta-feira, 16 de maio de 2012

14º Capitulo - Quando a razão perde para o coração (Parte II)




- Harry, não dificultes as coisas… - disse tentando manter a lucidez naquela conversa, mas com a cabeça do Harry sobre as minhas pernas tornava tudo mais difícil – o Paul corta-me aos bocadinhos se eu me atrasar! – o Harry parecia que não querer colaborar comigo pois continuou sem se mexer. Sem estar á espera, ele começou a passar as mãos pelas minhas pernas, arrepiando-me. Aquilo estava a fazer-me perder o discernimento que ainda me restava.

- Era tudo tão mais fácil se não houvesse um mundo lá fora. Que tudo se resumisse apenas a este quarto… - um calor fora do normal começou a invadir todos os recantos do meu corpo à medida que ele falava - …que houvesse uma borracha que permitisse apagar o passado, as desilusões, o que nos fez sofrer… - um aperto enorme no estomago intensificou-se provocando-me algum mau estar. Nunca fora a minha intensão faze-lo sofrer, era tudo o que não queria. Mas acabou por acontecer tudo ao contrário. Fiz sofrer a única pessoa que não queria, o único rapaz que tinha conquistado o meu coração. Ele levantou-se aos poucos e sentou-se ao meu lado – é melhor ires, não te quero arranjar problema com o Paul! – a voz dele saiu tão fraca e com alguns vestígios de choro que me fez ter uma enorme vontade de o beijar. Ele estava a olhar para o lado oposto aonde me encontrava, escondendo assim, a sua cara. Peguei no telemóvel e saí da cama. Quando estava prestes a sair a voz dele voltou a travar o meu movimento – Mia! – olhei para ele expectante – eu…eu…eu gosto muito de ti…mesmo! – parecia que um exercito de borboletas tinha acabado de acordar dentro da minha barriga e que voavam freneticamente por todo o meu corpo. Sorri. Ele correspondeu, sorrindo também. Era como se o tempo tivesse voltado atrás. Vi novamente aquele brilho nos olhos dele que me fazia suplicar por um beijo dele. O meu telemóvel voltou a tocar interrompendo os meus pensamentos, desta vez era uma mensagem do Louis a dizer que tinha que descer.

- Tenho que ir, Harry! – dei meia dúzia de passos apressados até chegar de novo junto ao Harry, que continuava sentado, e dei-lhe um beijo na testa – vê se melhoras! Quando chegar logo á tarde quero-te ver bom! – afirmei tentando não pensar na última afirmação que ele tinha prenunciado

- Vou tentar! – respondeu

- Não é vou tentar, é vou conseguir! Tu sabes que não te consigo ver assim… - ele apenas sorriu. – Ai meu deus, Harry. Tenho mesmo que ir! – disse assim que apercebi do tempo que tinha passado desde que recebera a mensagem do Louis.

- Fico á tua espera… - disse mesmo antes de eu sair pela porta. Fechei a porta e encostei-me á parede. Um sorriso estupidamente apaixonado formou-se nos meus lábios fazendo-me ficar mesmo muito feliz.

***

Estava a encaminhar-me para a sala de aula com alguma pressa pois já tinha tocado quando oiço o meu nome a ser ecoado pelos corredores. Virei-me para trás e vi o Harry a correr na minha direcção. Parei a minha marcha e esperei que ele se chegasse ao pé de mim. Ele vinha bastante ofegante, cumprimentou-me com dois beijos como fazia todas as manhãs. Era tão bom sentir o perfume dele contra a minha pele, nem que fosse apenas por breves segundos.

- Preciso de falar contigo… - disse-me com aquela boa disposição matinal que me conseguia sempre animar

- Diz!

- O que achas de vires jantar comigo hoje e depois víamos um filme em minha casa? – fiquei completamente sem palavras, não sabia o que dizer – então?

- Não sei…apanhaste-me completamente de surpresa… - vi a expressão dele a modificar o que me fez entristecer bastante

- Se não quiseres ir, por mim tudo bem…

- Não é nada disso. – respondi de imediato – sim! Podemos ir jantar… - um sorriso de todo o tamanho invadiu a sua cara deixando-me bastante contente.

(…)

Assim que chegamos a casa dele, depois de jantar, comecei a ficar cada vez mais nervosa e ansiosa. Eramos apenas nós dois na casa dele, já que a mãe e a irmã não se encontravam em casa. A primeira coisa que fez assim que entramos foi mostrar a casa e quando a visita acabou mandou-me sentar no sofá enquanto preparava tudo para vermos o filme. Era uma comédia romântica, a única coisa que lhe tinha pedido expressamente era que não fosse de terror. Odiava filmes de terror. Pouco tempo depois e já com as pipocas sentou-se ao meu lado e o filme começou. Ainda tomei alguma atenção ao filme no início mas a partir do momento em que o Harry colocou o braço dele por cima dos meus ombros e me fez encostar a cabeça no ombro dele. Fiquei completamente embrenhada no perfume dele e no facto de estar tão perto dele que o filme deixou de ter qualquer tipo de importância. Só voltei a olhar para o televisor quando apareceram os créditos do filme. Levantei a cabeça do ombro dele e sem querer já estávamos a milímetros um do outro. O meu coração acelerou de imediato, não havia oxigénio que satisfizesse os pulmões e a minha respiração estava desregulada. O meu olhar viajava entre os olhos e os lábios dele. Quando senti que ele ia acabar de vez com aquela distância, retraí-me. Não sei porquê, mas fi-lo. Levantei-me do sofá e ele acompanhou-me.

- Bem, acho que está na altura de me ir embora… - disse ainda meia atordoada com o que poderia ter acontecido ali

- Eu levo-te a casa. Não quero que andes sozinha na rua a estas horas… - respondeu de imediato. Não havia como negar. O caminho até a minha casa foi feito praticamente em silêncio. Um silêncio algo constrangedor. Suspirei de alívio assim que chegamos a minha casa.

- Chegamos… - disse – obrigada pela noite, gostei muito!

- Eu também!

- Até amanha…

- Até amanha! – não sei o que se passava comigo mas não me consegui mexer e ele continuou à minha frente. Ele aproximou-se lentamente e desviou os cabelos que caprichosamente caiam à frente da minha cara. O meu coração tinha disparado, parecia que ia saltar do meu peito a qualquer momento. Mas foi então que, por causa da nossa proximidade, pude perceber que a sua respiração estava tão ofegante e irregular como a minha. Fechei os olhos instintivamente quando a pele da mão dele tocou no meu rosto, acariciando-o. A outra mão dele viajou até á minha cintura puxando-me ainda mais para ele. E sem mais demora, os lábios dele tocaram nos meus. Os meus joelhos tremeram tanto naquele momento que pensei que ia cair. Ele quebrou o beijo e encostou com suavidade a sua testa na minha esperando uma reação minha. Olhei para aqueles olhos azuis esverdeados que tanto me encantavam e percebi que queria aquilo mais do que nunca. Não pensei duas vezes e voltei a juntar os nossos lábios. Podia senti-lo a sorrir enquanto nos beijávamos. Quebramos o beijo e abraçamo-nos. Ficamos assim durante alguns minutos até que algumas gotas de chuva começaram a cair.

- Amanhã passo por aqui e vamos juntos para a escola, pode ser? – tinha acontecido tanta coisa ao mesmo tempo que nem sabia o que dizer. Apenas sorri.

***

Era inevitável não pensar no Harry durante todo o dia, ainda por cima com ele doente. Não gostava nada de ver as pessoas á minha volta doentes. Nem o Louis disse tantas palhaçadas naquele dia. Assim que finalmente terminaram todos os nossos compromissos, fui tomar um banho rápido e depois fui ao quarto do Harry. Assim que entrei reparei que ele já não tinha aquela cara de doente e que parecia já estar muito melhor. Assim que me viu aquele sorriso que me fazia derreter por dentro apareceu na sua cara.

- Então, já estás melhor? – perguntei sentando-me na beira da cama junto a ele

- Sim. – a voz dele agora soava-me muito melhor – já me sinto como novo!

- Ainda bem, não gosto nada de te ver doente! – disse com sinceridade. Ele apenas sorriu. Liguei a máquina fotográfica que trazia no intuito de lhe mostrar as fotografias que tinha tirado naquele dia. – Vou-te mostrar o que aqueles diabinhos andaram a fazer… - ele olhou para mim com cara séria mas depressa se desmanchou a rir – é verdade, eles são uns diabinhos. – sentei-me ao lado dele de modo a poder-lhe mostrar as fotos. Algumas delas estavam bastante engraçadas pois mostravam alguns momentos mais caricatos que supostamente não deviam estar gravados. Continuei a avançar até que ele pôs a mão dele sobre a minha não me deixando continuar.

- Não acredito que o Louis me traiu! – gritou escandalizado por causa de uma fotografia que o Louis tinha tirado com uma fã – tenho que ter uma conversinha séria com ele! – tentei não rir mas com aqueles dois era impossível. Olhei involuntariamente para ele e mais uma vez deixei-me levar por aquele brilho que agora se formava nos olhos dele. A nossa proximidade era demasiadamente curta e perigosa. Mas o Harry decidiu torna-la ainda mais curta pousando suavemente a testa dele na minha. Ele fechou momentaneamente os olhos como se tivesse a tentar controlar o que sentia e o que queria fazer. Já não conseguia diferenciar a minha respiração da dele e quando, finalmente, tinha ganho coragem para terminar de vez com aquele suplício alguém bateu á porta. Levantei-me num ápice da cama e quando vi quem tinha batido á porta o meu mundo ruiu aos meus pés. Era a Colbie. Ela rapidamente se abraçou ao Harry e beijaram-se. Um nó enorme do estomago e na garganta começou a provocar-me um mau estar interior e uma vontade gigantesca de retirar aquele órgão vital que se encontrava completamente desfeito com aquela situação.

- Bem…acho…acho que vou andando! – respondi tentando manter as lágrimas bem longe. Virei costas mas a voz do Harry fez-me voltar.

- Mia… - ouvi-o chamar. Ele olhou para mim e quando ia para falar algo fez com que mudasse de ideias. Ficou apenas a olhar para mim. E uma lágrima acabou por deslizar pela minha face. Era demasiado doloroso para mim vê-lo com outra. Demasiado. Saí de vez do quarto rapidamente mas esbarrei-me com o Louis.

- Andava mesmo à tua procura… - disse com a sua alegria contagiante. Escondi ao máximo as minhas emoções – queria saber se querias vir jantar comigo esta noite? O que me dizes?



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Desculpem ontem não ter publicado mas não tive tempo praticamente nenhum.
Espero que estejam a gostar da história, as vossas opiniões são muito importantes.
Quanto ao comentário 100, estão mesmo mesmo mesmo mesmo quase a chegar =P

Amanhã não sei se vou conseguir postar um capitulo mas posto o imagine para quem for o comentário 100.

beijinhos

Dri

9 comentários:

  1. A tua hostória está cada vez melhor, mal posso esperar pelo próximo capitulo. Continua!xx

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  2. Eu estou a gostar tanto tanto tanto!
    -Rita

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. ADOREI *.* Quase que caio da cadeira cada vez que vejo que tu publicas um novo capitulo :p Tens mesmo muito jeito para isto, não sei como é que consegues :x
    Filipa#

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  5. ADOREIII, mais uma vez*.*
    A tua historia e a melhor, tens muito jeito XD
    Mal posso esperar pelo proximo capitulo:D

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  6. é contagiante a tua historia :DD

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  7. Está completamente fantástico *-*

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  8. Como não podia deixar de sempre, fantático. como sempre
    ADOREI!! publica o mais rápido possivel!
    beijos:))

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