(Mia)
Estes dias têm sido um martírio. Tenho passado a
maior parte do tempo a olhar para o telemóvel á espera que o Harry me
telefonasse, que dissesse alguma coisa, que desse sinais de vida. Ele já sabia
que eu e o Louis não tínhamos nada e mesmo assim não falava comigo.
Levantei-me da cama depois de não ter pregado olho
durante a noite. Nos últimos dias podia contar pelos dedos das mãos o número de
horas que tinha dormido. Preparei-me e arranjei o vestido que iria usar no
lançamento e guardei-o dentro de um saco próprio para o efeito. Não podia sair
de casa já vestida pois ainda havia pormenores a ser tratados.
(…)
- Excelente
trabalho, Mia! – disse-me o realizador depois de ver-mos pela última vez o
DVD – Tenho uma ligeira impressão que me
vou dar bem a trabalhar contigo. – sorri. Queria mesmo mostrar uma cara
mais entusiástica mas não conseguia deixar de pensar no Harry.
- Bem, se é
assim, vou-me mudar! – peguei no meu vestido e fui para os vestiários.
(…)
Os convidados começavam a chegar e não havia sinais
deles. O meu coração parecia uma bomba relógio prestes a explodir no momento em
que visse o Harry a entrar por aquelas portas. Fui apresentada a algumas
pessoas que deviam ser importantes porém a minha atenção estava completamente
centrada na porta. Desviei-me das pessoas com quem estava e fiquei num sítio
mais recatado.
- Mia… -
um arrepio gélido percorreu todo o meu corpo assim que ouvi a voz rouca de
Harry. No mesmo instante em que disse o meu nome, o meu corpo projetou-se
contra o dele devido à força que tinha exercido sobre o meu braço, puxando-me
para ele. Abracei-o com toda a alma, não queria que aquele momento acabasse. De
novo o perfume dele me deixava inebriada. Queria que aquele perfume voltasse a
fazer parte do meu corpo. O meu corpo foi-se afastando lentamente do dele até
os nossos olhares se encontrarem. O Harry passou com a mão dele pela minha
face, acariciando-a. – O Louis já sabe
de nós! – falou de rompante deixando-me com cara de “parva” a olhar para
ele.
-
O quê? –
não estava a acreditar no que tinha acabado de ouvir – Preciso de falar com ele! – a última coisa que queria era tê-lo a
odiar-me
- Espera! Eu
já falei… - ainda estava tão surpreendida que nem o deixei continuar a
falar
- Vou
procurar o Louis! – depois de alguns minutos consegui encontrar o Louis
juntamente com o Niall na zona da comida – Louis!
– exclamei assim que o vi. Ele olhou-me algo surpreendido por me ver mas nem
liguei. – Perdoa-me. Eu sei que te devia
ter dito logo quando falamos mas não consegui. Desculpa! – disse tudo de
uma vez. Ele continuava a não perceber muito bem o que estava ali a fazer. Ele
pousou as mãos nos meus ombros.
- Mia, quem
te contou isso? – perguntou calmamente. Estranhei aquela atitude tão soft.
- O Harry
mas… - eu ia continuar a falar mas ele interrompeu-me
- E porque é
que não estás com ele?!
-
Porque queria esclarecer as coisas contigo, não queria que ficasses chateado
comigo. –
disse. Para mim era bastante óbvio o porquê de ter vindo falar com ele.
- Só por
acaso ouviste tudo o que o Harry tinha para te dizer? – abanei negativamente
e pela cara dele, tinha acabado de fazer alguma coisa que não devia.
- Fiz
asneira não foi? – acabei por perguntar, receosa.
- Vá, não há
de ser nada!
(…)
Andei à procura do Harry mas não havia sinais dele
em lado nenhum. Boa, tinha acabado de estragar tudo! Como não o encontrava
acabei por falar com umas pessoas que pelos vistos também andavam à minha
procura.
- Mia! –
ouvi alguém a chamar-me, olhei em redor e vi o Louis a aproximar-se de mim – Tens que levar o Harry para casa! – fiquei
a olhar para ele sem perceber o que ele queria dizer com aquilo – Digamos que ele bebeu um pouco a mais do
que devia! – suspirei. Despedi-me das pessoas e fui com o Louis até ao
elevador que nos ia levar até à garagem onde estava os carros. Assim que entrei
no elevador vi o Harry a fazer uns movimentos um bocado estranhos e patéticos.
E ele ria-se, como se tivesse muita graça! A Nicole também se ria e o Niall ia
pelo mesmo caminho. Será que era só eu a não achar piada nenhuma? Pudera, iria
ser eu a atura-lo até casa!
O Zayn e o Louis levaram-no até ao carro e o Harry
só se ria. Isto parecia um filme de terror. Depois de apertarem o cinto
fecharam a porta e o Louis deu-me as chaves do carro.
- Vai com
cuidado. Este é o “menino” do Harry… - sorri com a afirmação do Louis.
Peguei nas chaves e comecei a ouvir música que vinha de dentro do carro – parece-me que vais ter uma longa viagem!
– despedi-me deles e entrei no carro. A primeira coisa que fiz foi baixar o
volume da música pois estava muito alta, o que provocou uma reação negativa por
parte do Harry.
- Harry
anda lá, colabora comigo! –
enquanto voltava a baixar o volume da música que ele tinha aumentado novamente.
Ele fez uma expressão de amuo muito engraçada e de seguida encostou a cabeça
dele no meu ombro. – Assim não consigo
conduzir. – reclamei. Ele nada disse nada e por isso estranhei. – Harry! – chamei-o enquanto colocava a
chave na ignição para pôr o carro a trabalhar.
Olhei de novo para ele e foi aí que percebi que já
estava ferrado a dormir. Suspirei. Com algum cuidado consegui desencosta-lo de
mim e tentei pô-lo numa posição confortável no carro para não o acordar. Quando
tive a certeza que estava bem pus-me a caminho de casa. Estava bastante atenta
à estrada mas, de vez em quando, o meu olhar desviava sempre para o rapaz de
cabelos encaracolados que estava ao meu lado. Apesar do estado em que se
encontrava, a sua expressão a dormir continuava a proporcionar-me o sorriso
mais genuíno. Cada vez tinha mais a certeza que só havia um rapaz capaz de me
fazer realmente feliz.
O caminho até casa foi mais longo do que o normal,
ainda não estava habituada a conduzir nas ruas de Londres e do lado esquerdo
por isso ia com medo de cometer alguma infracção grave. Estacionei o carro e
agora vinha a segunda parte da missão, levar o Harry para casa. – Acorda…Harry, acorda! – enquanto o
abanava delicadamente para também não o assustar. Após alguns segundos as
pálpebras começaram a descolar-se e uma cor avermelhada surgiu nos seus olhos.
Ele definitivamente não esta bem. Fez uns gestos um bocado estranhos e elevou
as mãos à cabeça. – Vou abrir a porta do
teu lado, tem cuidado. Não te encostes! – informei-o praticamente a
sussurrar para não o incomodar. Saí do carro e fui abrir a porta de casa para
facilitar o trabalho e para me descalçar também. Voltei de novo para o carro já
de chinelos e abri a porta do lado dele. – Vamos
para casa, já vais ficar melhor. – retirei-lhe o cinto de segurança e
ajudei-o a sair. Apoiei-o em mim e para surpresa minha, foi muito mais fácil
leva-lo para casa do que estava à espera. Ele conseguia manter-se minimamente
em pé. Fechei a porta atrás de mim com o pé e encaminhei-o para as escadas. Subimos
as escadas muito devagar até à casa de banho e rapidamente se sentou numa
cadeira que lá havia. – Vais tomar um
banho de água fria. Vai-te fazer bem antes de ires para a cama.
Ele olhou para mim e emitiu um gemido estranho. Não
percebi logo á primeira mas assim que colocou as mãos no estômago fez-se luz na
minha cabeça. Ele ajoelhou-se rapidamente em frente da sanita e os sons
provocados pelos vómitos davam-me volta ao estomago. Saí da casa de banho por
instinto mas voltei a entrar, não o podia deixar sozinho. Ajoelhei-me também ao
lado dele e afastei o cabelo da frente da cara dele prendendo-o com a mão. Não
sabia o que fazer para o reconfortar. Assim que a situação se acalmou, ajudei-o
a levantar-se e passei-lhe água pela cara. – consegues manter-te em pé? – ele apenas abanou afirmativamente com
a cabeça – vou tirar-te a roupa para
tomares banho!
Assumi o seu silencio como um sim. Retirei-lhe o
casaco e de seguida a camisa branca. Foi das situações mais estranhas de
sempre. Comecei a desabotoar os botões e com o aparecer do tronco nu dele comecei
a sentir um calor a invadir o meu corpo dos pés à cabeça. As minhas mãos
tremiam bastante enquanto tentava controlar a minha respiração já bastante
descompassada. Cheguei ao final dos botões sem me atrever a olha-lo nos olhos e
tirei a camisa pousando-a na cadeira. O corpo dele tinha mudado bastante desta
a última vez que o vira assim. Os abdominais estavam agora muito mais definidos
e por isso dava-lhe um ar fisicamente mais atraente.
Não sei porque o fiz, talvez um acto inconsciente
do meu coração, talvez no meu interior o quisesse fazer. Pousei a minha mão no
seu tronco nu podendo sentir o resultado de todas as horas de ginásio.
Assustei-me com a velocidade frenética dos batimentos cardíacos dele e em como
estava sincronizado com o meu. Tinha a certeza que ele tinha os olhos postos em
mim, conseguia-o sentir a tentar perceber o que eu estava a sentir. Perdi a
noção do tempo, do espaço, de tudo.
Nem sei como voltei á realidade e voltei a
concentrar-me no que estava a fazer. Ele retirou os sapatos e eu ajudei-o a
tirar tanto as meias como as calças. Quando vi as mãos dele a irem na direcção
dos bóxeres, travei-o. – É melhor ires
assim! – ele cedeu ao meu pedido e encaminhou-se para a banheira. Liguei a
torneira assim que o vi preparado. Reclamou da água gelada mas tinha que ser. Enquanto
isso procurei uma toalha no armário e dei um saltinho ao quarto dele para lhe
ir buscar uns bóxeres lavados. Quando voltei desliguei a torneira e embrulhei-o
na toalha para se secar. Pela primeira vez os nossos olhares chocaram.
Estremeci. Haviam demasiados sentimentos ao mesmo tempo a fluírem no meu peito.
Era como se houvesse uma força invisível a puxar-me constantemente para junto
dele. Fechei os olhos no intuito de quebrar aquele desejo porém não
desapareceu. Aumentava cada vez mais.
- Obrigada! –
a sua voz rouca deu lugar a qualquer coisa praticamente irreconhecível. Abri de
novo os olhos e peguei noutra toalha mais pequena para limpar a cabeça. Fiz
alguns movimentos circulares com a toalha na cabeça para lhe secar o cabelo.
Não devia ser nada agradável deitar-se com o cabelo encharcado. Assim que
terminei notei na perfeição dele. Podia ter o cabelo completamente despenteado
e com um ar um bocado estranho e mesmo assim, continuava lindo e perfeito como
sempre.
- Toma.
Troca-os! – enquanto lhe dava os bóxeres para a mão. Saí da casa de banho
fechando a porta atrás de mim. Sentei-me na cama do Harry com a sensação de que
o meu corpo iria explodir a qualquer momento. Ouvi a porta a abrir-se e ele já
vinha com uma cara bem melhor do que quando entrou na casa de banho. – Agora dorme que bem precisas. – quando
ele levou as mãos à cabeça é que me apercebi que talvez tivesse falado alto de
mais – desculpa. – levantei-me e
afastei o lençol para se poder deitar. – vou dormir na sala. Se por algum
motivo precisares de mim é só chamares… - informei-o assim que ele se deitou na
cama – dorme! – dei-lhe um beijo na
testa e encaminhei-me para a porta.
- Mia! –
a mão dele veio de encontro à minha travando o meu movimento de saída. De uma
forma muito natural os dedos entrelaçaram. Foi a melhor sensação de sempre,
como se voltasse a estar completa. Aquele sorriso estupidamente apaixonado
apareceu-me no meu rosto.
Dri
Harry bebado, awesome ahah
ResponderEliminarao menos já estão um com o outro só é preciso que o Harry fique sobrio e converse com a Mia
Gostei do capitulo (:
proximo
ResponderEliminarProximo capitulo
ResponderEliminarAdorei! Aliás como sempre...espero ansiosa pelo próximo.
ResponderEliminarBia xx
Porque é que a Mia não deixou o menino lindo falar? Ai Mia, Mia.
ResponderEliminarAdorei minha querida, não digo que me continuas a surpreender pois já estou habituada a que todos os capítulos sejam perfeitos.
Excelente trabalho.
Não tenho recebido comentários teus, mas espero que esteja tudo bem,
Beijinhos
ó pá, a tua fic é a uma das melhores que eu já li, se não a melhor :)
ResponderEliminarcontinua assim ;)
ó meu deus, que perfeição :D
ResponderEliminaro próximo nao pode demorar muito, nao aguento, publica o mais rápido possível, pf :)
Concordo, plenamente com a Alice*! A tua história é mesmo uma das melhores histórias que já li em toda a minha vida, e olha que não exagero!! xD
ResponderEliminarE se continuares assim podes ter a cetteza que convido um escritor altamente famoso para ler esta história e aí podes crer que ele te quer ver a publicar um livro rapidamente!!! :p
<3 <3
Ai tens mesmo que pôr o próximo rápido, que isto é muito stressante esperar! Está muito bom :)
ResponderEliminar-Rita
Eu sou uma esquecida, o problema é que recebo mais do que uma "dri" no blogue e nunca sei quando és tu ou não. sim, tinhas comentado o post.
ResponderEliminarAcho que já me tinhas dito qual era o desporto que praticavas, mas achas que posso saber de novo? ahahah
Beijinhos querida
Está lindo.
ResponderEliminarestou cheia de curiusidade para saber o que é que o Harry vai fazer.
publica rápido